Saudade
De quando em quando
Passarinhos segredando
Voam tontos, rente ao chão
Felizes na primavera
Na busca da paz sincera
Do ninho do coração
Ela, distante, sorrindo
Talvez esteja me ouvindo
Mas me ouvindo sem saber
Que o canto que eu solto, há medo
É o nostálgico segredo
Do que eu não posso dizer
Coração
Ninho de penas
No arminho de almas serenas
Tem perfume, tem calor
Pobre de mim, ave tonta
A lua, triste, desponta
E eu vou ficar sem amor
Dona da minha vontade
Escravo da ansiedade
Serei o que ela quiser
Coração, porque preferes
Amar todas as mulheres
No amor de uma só mulher.